quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Smeagol Responde - parte III

E Smeagol é foda. Meu post fecha o mês de setembro com chave de ouro, e assim eu encerro minha trilogia de post do Smeagol Responde.
Meu contrato só é para três. Smeagol gosta do número 3.

1 - Se o curupira fizer Moonwalker, ele vai dançar pra frente ou pra trás?

Cara, se um dia isso acontecer, abrirá um vórtex no espaço, na qual o planeta será engolido, e seremos transportados para uma terra antiga, ondes os humanos viverão ao lado de orcs, elfos, hobbits, e o rei desta terra será casado com a filha do cantor da banda Aerosmith.
Smeagol gosta muito de Aerosmith.

2 - Por que os violentos furacões tem nome de mulheres?

Pô, eu não tenho mulher, como diabos vou saber?? Consta a lenda urbana, que mulher quando resolve se vingar e tirar tudo de você, pode ter certeza que o estrago será pior que de um furacão. Aprendi essa com mamãe *-* Se vocês acham que sou um fudido na vida, é porque não viram papai...

3 - Nos jogos do Mario, por que o animal do Bowser quer raptar a Princesa?

Aê, bowser não é aquela porcaria pra ser entrar na net? Tem outro nome é... navegador(?). Agora não entendi, não sabia que o firefox estava no jogo do Mario, pensei que o bicho lá fosse um jacaré... ou lagarto... Quem usa raposa é o Sonic... ah sei lá...
Deve ser uma versão online do Mario, por isso o Browser quer raptar a princesa, deve ser coisa de concorrência.
Smigol não entende muito bem de internet, não é da minha época. Próxima pergunta!

4 - Maradona para técnico do Vasco, você apóia?

kkkkkkkkk!!! O Vasco é uma droga, só se for pro Maradona cheirar o time... kkkkkkkkkkk... OK! Parei =x


Melhor Smeagol ir procurar precioso...
A proposito... Participem da enquete...
Smeagol gosta muiiito de bife de fígado com cebolas. Frodo gosta de pepino... Smeagol não é maldoso.
...

Enquete DasCapeta


Ae povo fãs do DasCapeta. Ontem conversando com um amigo, ele me chamou de doente, só porque eu afirmei que amo bife de fígado com cebolas. Segundo ele, ninguém em sã consciencia gosta de bife de fígado. Ele prefere pepino.

Don Kher: eu odeio couve. ODEIO
Samara: eu faço suco de couve com laranja
Don Kher: você é doente O_O Por que não coloca bife de figado junto e bebe?
Samara: porque bife de figado só com cebolas... delicioso ^^
Don Kher: doenteeeee
Samara: qual é o problema?
Don Kher: eu gosto de pepino
Samara: ecaaa
Don Kher: CALADA! você não pode falar nada, ninguem gosta de figado
Samara: ué... mas eu gosto, muitos gostam
Don Kher: pode perguntar pra quem quiser, vao preferir pepino
Samara: OK! vou colocar uma enquente no blog... vamos ver o que o povo prefere: bife de figado, pepino, ou jiló
Don Kher: perfeito, faça isso, vão preferir pepino

E é isso, essa discussão idiota resultou em uma enquete.
E você gosta de quê?
Participem! Eu preciso ganhar a aposta ò.ó

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Como xingar uma pessoa sendo refinado(a)?

pqp-1

1. Nunca diga “Filho da Puta”, prefira: “Herdeiro de uma fêmea sem valor”.

2. Jamais se exalte dizendo “caralho”, diga: “Falo ou órgão reprodutor masculino”.

3. Apesar de hoje já ser possível ir pra “Puta que pariu”, já que é o nome de um pequeno bairro em Bela vista- MG, não mande ninguém pra lá, seja refinado e diga: “Visite aquela sem valor que concebeu um herdeiro”.

4. “Fodeu de vez” é coisa de pobre que só vive ferrado, para bancar o maioral, pronuncie: “Copulei uma única vez”.

5. “Vai tomar no cu” é uma coisa muito baixa de se dizer, fale: “Procure ceder o ânus”.

6. “Buceta”, ô palavrinha chula, prefira: “Órgão reprodutor feminino”.

7. “Porra”, esta passou a ser uma palavrinha tida como normal, mas não se engane, é de baixo calão, pronuncie em seu lugar: “Líquido esbranquiçado, secretado por diferentes glândulas genitais masculinas, que contém os espermatozóides; sêmen”.

Mas como não sou refinada, não é mermo Samara, vamos todos pra Puta que Pariu, afinal, talvez lá, as pessoas falem menos palavrão. :)

pqp-2

Texto de Nicolly Fuzil (autora)

A escolha do politico

Um senador estava andando tranqüilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

- Bem-vindo ao Paraíso! - diz São Pedro - Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
- Não vejo problema, é só me deixar entrar. - diz o antigo senador.
- Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
- Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso. - diz o senador.
- Desculpe, mas temos as nossas regras.

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e a porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

- Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna.
Ele pensa um minuto e responde:
- Olha, eu nunca pensei que fosse assim. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

- Não estou entendendo... - gagueja o senador - Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo, cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
- Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Smeagol Responde - parte II

Aqui estou eu de novo, Smeagol, continuando meu dever deprimente, de responder as perguntas que não se calam. Antes queria avisar, se você tem alguma idiotice para perguntar é só escrever aí embaixo nos comentários (regras do blog, vamos manter um português compreensível). As perguntas são do post da Samara Lilith.
Cadê my precious? Não posso fazer o post sem ele...

1 - Por que astros do rock morrem cedo e/ou de forma trágica, enquanto cantores de pagode, funk e axé parecem ser eternos, pois nada acontece com eles?

Cara, a própria pergunta responde, porque são cantores de pagode, funk e axé. Até parece que o diabo vai querer esse povo por lá. O inferno é roqueiro, yeahhh...
Pra ser mais exato, creio que nem o céu vá querer esse povo lá em cima também... por isso que demora a empacotar.
Quanto ao fato de morrerem cedo e/ou de forma trágica, é porque quem já tem a alma encomenda pro demu, não vai morrer feliz e sorrindo, pô... Sem falar que o diabo é fã de novela mexicana, adora uma tragédia.

2 - Sou feio, podre e burro, como faço pra alguém gostar de mim?

PQP, tu já olhou pra mim?? Sou eu, o Smeagol... Nem "my precious", vai com a minha cara, essa merda de anel roda na mão de todo mundo, menos na minha... andei 3 filmes até chegar nele, sofri feito o cão do demonio, e agora tu vem com essa de que é feio, podre e burro. Mas, como sou mal pago para responder, vou dar a dica. Aê, infelizes que são feios, podres e burros, pra vocês pegarem mulher só tem uma UNICA solução...
Fiquem RICOS!!!!

3 - Por que os emos nunca assumem que são emos?

Pô, vivemos em uma sociedade preconceituosa, se eu fosse emo também não assumiria. Pra que os carinhas vão sair por aí dizendo que são emos, só se for pra apanhar... Seria o mesmo que entrar na geral do Corinthians com uma camisa do Palmeiras xingando a mãe de todos, ou um PM subir o morro com um 38 na mão, dentro de um fusca com um alvo pintado de vermelho na lataria.
Eu sou Smeagol, sou uma minoria, alias, sou unico e como tal tenho que ajudar os carinhas, que também são minoria... Se bem que tenho notado uma certa modinha nisso, e Smeagol não gosta de modinha... Isso me lembra uma historia:

O filho chega perto do pai, de cabeça baixa extremamente nervoso.
- Pai, tenho algo pra contar.
- Fale então! - diz o pai muito sério.
O filho esfrega as mãos suadas, anda de um lado para outro, e gaguejando fala:
- Sabe pai... é... é algo muito importante... e... não sei como o senhor irá reagir.
- Fale logo! - exclama o pai, já começando a ficar irritado.
O filho se vê em uma situação complicada, e percebe que se não dizer será pior, então revela:
- Pai... Eu sou gay!
- Ahhh, meu filho, era só isso? Já estava aflito, achando que você ia dizer que era emo.

São fatos da vida. E Smeagol responde. Smeagol fica por aqui.
Você viu "my precious"?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Exercícios que deixam o cérebro afiado

Com o tempo, o cérebro vai perdendo sua capacidade produtiva e se não for treinado com exercícios, pode falhar. Sendo assim, o neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, uma ginástica específica para o cérebro.
"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga Mariuza Pregnolato.

E como DasCapeta também é saude pública, segue as 21 dicas para você montar seu treino. O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1 - Use o relógio de pulso no braço direito;
2 - Ande pela casa de trás para frente;
3 - Vista-se de olhos fechados;
4 - Estimule o paladar, coma comidas diferentes;
5 - Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
6 - Veja as horas num espelho;
7 - Troque o mouse do computador de lado;
8 - Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;
9 - Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;
10 - Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;
11 - Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;
12 - Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais sutis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;
13 - Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;
14 - Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;
15 - Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.
16 - Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;
17 - Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;
18 - Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;
19 - Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;
20 - Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;
21 - A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro.


Esse foi mais um post da série: inútil inutilidades úteis, por Samara Lilith.


Font: MinhaVida

domingo, 26 de setembro de 2010

Smeagol Responde - parte I

E entra no ar mais um colunista DuCapeta, eu Smeagol. Hein? O que foi? Ihh, desculpe, é DasCapeta... erro técnico. Continuando...
Eu, Smeagol, serei responsável por matérias idiotas sem sentido, que mais ninguém teria coragem de assinar, só eu mesmo pra fazer isso, afinal, mim ser Smeagol... "my precious".
E para hoje tenho a missão insana de responder perguntas que não se calam, perguntas estas ditadas por Samara em um post antigo do blog. Assim começa pergunta que Smeagol responde.
Smeagol estudou muito, Smeagol sabe muito, Smeagol vive muito, Smeagol é especialista em insanologia, Smeagol... "my precious"...

"Por que o Superman, o Batman, o Robin, o Arqueiro Verde e tantos outros heróis usam a cueca por cima da calça?"

Consta a lenda que foi um tal de Chuck Norris que apostou uma queda de braço com o Superman, o perdedor usaria a cueca por cima das calças para sempre... Smeagol diz que isso é MENTIRA. (até porque Chuck deva ter coisas mais importantes a fazer, do que ficar apostando com o fracote do Superbobo) A verdade é mais insana do que possam imaginar.

Antes todos os herois usavam malha coladinha ao corpo como o Homem-Aranha (ui). Até que um dia Batman resolveu se canditar a prefeitura de Gotham City, nessa mesma época estourou um escandalo em Brasília City, um monte de políticos foram descobertos com dinheiro na cueca. O povo de Gotham City ficaram preocupados com o escandalo, temendo que o mesmo acontecesse em sua cidade, tendo em vista que Batman é honesto, ele resolveu provar que não seria pego no ficha limpa do TSE, então passou a usar a cueca por cima das calças, Robin que era seu companheiro vice, também adotou o novo uniforme.
E como o BatWayne era "o cara" entre os demais superherois, logo todos passaram a usar a dita cuja por cima da calça.
E diferente do que consta a lenda, Superman foi o ultimo a usar. Como seu alter ego era nerd, Clark Kent jamais entraria numa modinha, e para ficar distante da imagem do Superman, ele adotou o visu.
Mas Smeagol sabe, você sabe, todo mundo sabe, que ele ficou é com invejinha do BatRobin.

E por aqui fica Pergunta que Smeagol Responde.
Agora me dá licensa, que vou procurar... "my precious".

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Pai do Joãozinho


A professora pergunta na sala de aula:
- Pedrinho qual a profissão de seu pai?
- Advogado, professora.
- E a do seu pai, Toninho?
- Engenheiro.
- E o seu, Aninha?
- Ele é médico
- E o seu pai, Joãozinho, o que faz?
- Ele... ele... Ele é dançarino numa boate gay!
- Como assim? - pergunta a professora, surpresa.
- Fessora, ele dança na boate vestido de mulher, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas; os homens passam a mão nele e poem dinheiro no elástico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele.

A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos Joãozinho. Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:
- Menino, o seu pai realmente faz isso?
- Não, fessora. Agora que a sala tá vazia, eu posso falar: Ele é Deputado Federal... Mas dá uma vergonha falar isso na frente dos outros!!!

...

sábado, 11 de setembro de 2010

Mordida do Mineiro

O mineirinho vê uma mulher linda, com seios espetaculares, e salta do ônibus.
Corre até ela e pergunta:
- Deixaria eu morder seus seios por 50 reais?
- Você deve estar maluco - diz a moça.
- E por R$ 500,00 você deixaria?
- Olha, não me leve a mal, mas não sou desse tipo de mulher.

De olho no volume daqueles seios, ele insiste:
- Por R$ 5.000,00 você deixaria eu morder seus seios maravilhosos?
A mulher hesita, pensa um pouco e finalmente responde:
- Por R$ 5.000,00 tudo bem. Então vamos até aquele cantinho...

Ela abre a blusa, deixa os seios à mostra e libera tudo pro mineirinho...
Ele beija, passa as mãos, encosta a cabeça, lambe, chupa e nada de morder...
Até que a mulher perde a paciência e pergunta:
- Você não vai morder?
- Eu não! É muito caro!


Eita Povo!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nos bastidores da política


Sou Maximillian Nightfall, estou trabalhando em pesquisa eleitoral nesse tempo de eleições, eu odeio isso. Aí, Samara Lilith, me pediu para escrever algumas curiosidades que aconteciam nesse trabalho, eu levei uma semana, mais ou menos, para me recuperar psicologicamente desses casos, e só hoje consegui reunir forças para escrever. Desde que começou o blog, Samara vem me pedindo para escrever alguns contos, por outros motivos não pude começar até hoje, como cartão de visita vou contar uma crônica.

Isso aconteceu em uma sexta-feira do mês de agosto (só podia ser agosto).

Andando naquela rua quente eu pensava em varias coisas, algumas sobre minha vida particular e outras em como seria a proxima pessoa que me atenderia, eu estava a pouco tempo neste trabalho, mas já haviam aparecido pessoas bizarras para me atender. Bati no portão de garagem de uma casa, fiquei esperando e nada, depois de alguns minutos me dei conta de que a casa tinha um portão principal, por minha sorte, tinha também uma campainha (eu não precisaria gastar a minha garganta gritando por algum filho da p... que me sacanearia).
Aguardei alguns instantes, uma voz de velha lá no fundo perguntou quem era.
- Bom dia – respondi (já era duas da tarde ou mais e eu nem tinha comido nada) - Tô fazendo uma pesquisa política, posso entrevistar a senhora?
- Só um minuto garoto. - a voz respondeu de volta e eu me animei (eba... a velha vai me ajudar - pensei)
Aguardei mais um pouco, o sol batendo na minha cara, a rua deserta, minha barriga dando nó, a cabeça doendo. Eu já tava puto com aquilo e nada da mulher vim, por fim, ela meteu a cara e disse:
- Olha, eu to no telefone, você pode passar aqui depois que eu respondo tudo para você!
- Ta bem! – eu voltaria depois e pegaria os dados dela, tava tranqüilo, antes demorar no certo, do que correr para o duvidoso.
Batuquei no portão ao lado, ninguém atendeu, um cachorro preto apareceu
- Que cachorro bonitinho, chama seu dono. - o bicho começou a latir com raiva. - Você tá preso mané, não vai me pegar aqui fora.
O portão ao lado abriu, meus olhos devem ter brilhado, acredito que olhei para o lado como um morto de fome na hora da distribuição de feijão com arroz na fila de distribuição de comida. Dei alguns passos para o lado em direção ao portão para emboscar o morador quando ele saísse. Eu era como um tigre a espreita de um cervo, eu iria abocanhar a pessoa e faria todas as perguntas a surpreendendo antes que ela conseguisse pensar e tiraria todas as informações dela.
Escutei um latido e olhei para baixo, era um cachorro amarelo que tava saindo.
- Porra ! Sacanagem!
O cachorro era bonitinho, mas o deixei para lá, olhei para dentro da casa e o cachorro continuou latindo, bati no portão e o cachorro saiu da casa latindo em minha direção. Recuei alguns passos e ri, era engraçado , eu tava assustado, mas a cena era engraçada, o cachorro me encarou bolado, eu parei e fiquei olhando, fiz menção de ir bater no portão novamente e cachorro avançou novamente tentando morder a minha perna, a protegi com a minha prancheta e recuei mais ainda o cachorro veio pra cima, em um determinado ponto onde acabava o muro da casa dele ele parou, olhou a sua volta e voltou correndo para casa.
Eu ri novamente, ele não poderia passar daquela linha imaginaria. O cachorro ficou me olhando da casa dele na espreita me esperando, achando que eu seria idiota de voltar lá.
Tomei um fôlego e olhei ao meu redor, ninguém tinha visto nada, sorte minha, ali perto tinha uma escola. O cachorro continuou ali parado, ele era o tigre agora e eu era o otário, resolvi dar a volta, ele pensou que eu ia entrar no território dele novamente (na verdade eu quase entrei mas resolvi não fazer para não atiçar o bocó) dei a volta olhando para ele e fui fazer outras casas.
Andei bastante pela rua e fiz varias casas, deixei a casa da velha para fazer bem mas tarde, entrei em uma rua que cortava a que eu estava, logo na entrada bati na casa de uma garota, ninguém atendeu, do nada saiu uma outra velha de uma casa ao lado, ela me chamou, fui lá, a garota da casa anterior apareceu e eu pedi para entrevistá-la depois, ela concordou.
- Bom dia senhora eu...
- Vem cá – ela me cortou, ela era uma velha portuguesa, mas não sei escrever com sotaque - Garota, to aqui a um bom tempo esperado você passar. - olhei a velha bolado - Vocês ficam de brincadeira comigo, pois bem venha cá menina, eu quero saber o por quê, que vocês jogam as minhas cartas na casa ao lado.
- Senhora, eu não sou carteiro, eu to fazendo pesquisa política...
- Não, mas você parece com as garotas que entregam cartas aqui, me falaram que tem umas meninas que entregam as minhas cartas para os outros.
- Senhora, eu sou homem - fiquei inconformado - eu tenho barba.
- Ora pois, não parece não sabe, muitas garotas por aí tem bigode. (Ela tinha bigode)
- Senhora eu não tenho peito! - estiquei a minha blusa contra o corpo para ela ver que o meu peito era liso.
- Você é muito magrinha, tem muitas meninas hoje em dia que não tem peito, são magrinhas assim que nem você. – fiquei desolado, cabisbaixo, olhei para o chão envergonhado, parecia um personagem de mangá triste. – Você com esse cabelinho grande, esses cachos caindo por baixo do boné, branquinha, parece uma garota .
A mulher tava quase me convencendo! Só faltou me dizer que quando eu puxei a minha blusa para trás para amostrar que eu não tinha peito e a minha barriga de vermes e lombrigas ficou exposta era porque eu tava grávido.
- Senhora, eu sou homem!
- Ora pois, se você diz.
- Eu sou (ela já tava quase me convencendo que não), sou homem!
- Tudo bem, então me desculpe. - ela tava me olhando desconfiada, tinha acreditado não - É que umas garotas colocam minhas cartas na casa da vizinha e ...
A mulher começou a falar, eu a enrolei e fui conseguindo fazer a pesquisa, isso já tinha passado uns 15 minutos, eu já tava bolado, fingindo ser simpático, enquanto a mulher ainda tentava me convencer que eu era garota. Terminei a entrevista e a mulher não me deu brecha para pegar os seus dados, mas eu tava feliz, ela parecia simpática afinal, e eu iria conseguir os dados que precisava.
- Senhora? A senhora pode me dar alguns dados? - ela me olhou bolada.
- O que você quer?
- Preciso do seu nome - ela deu - e agora preciso do seu telefone. E expliquei que eu recebia por cada nome e telefone que pegase e ela me olhando bolada e tentando contar suas histórias.
- A meu filho, (ela mudou, eu já não era mais menina) eu to sem telefone – (velha filha da p... pensei) – Você me desculpe, mas eu não tenho. - e me enrolou mais uns 5 minutos, ela tentou me convencer novamente.
Demorei quase meia hora com ela me enrolando e desabafando, pacientemente dei boa tarde e agradeci, eu não poderia xingá-la (embora eu quisesse), isso não faz parte do meu caráter, e ela era uma idosa, e também não ia entender nada do que eu ia falar mesmo, ela quase não entendeu a entrevista.
Me despedi dela putaço da vida, mas tentando manter a calma para não descontar em pessoas que não tinham nada a ver com isso.
Coisa de uma hora depois voltei a casa daquela velha, a primeira da rua anterior. Conferi para ver se era a casa mesmo e toquei a campainha, o cachorro amarelo saiu do portão dele latindo desesperado para cima de mim. (Porra! To batendo no teu portão não!) Ele parou de frente, na linha imaginaria e viu que eu não tava batendo no portão dele (“haha... se fodeu, você não pode passar para cá”- pensei nervoso, enquanto ria), ele voltou todo desanimado, como se tivesse perdido uma final de campeonato de futebol, orelhas caídas e desolado, parecia um cartoon caminhando lentamente. Sorri com a cena enquanto meus batimentos voltavam ao normal (ou tentavam pelo menos).
- O que você quer?
- Senhora? - olhei para o lado, a mulher tava com o portão entreaberto, e sua cara feia me olhava com raiva - É coisa rápida, vou fazer algumas perguntas para a senhora.
Fiz a entrevista a mulher se descontraiu, já eram quase 5 da tarde e eu não tinha nem tomado café, tava apenas com alguns goles de águas que tinha levado de uma garrafa que não descongelou. Tentei ser o mais rápido possível e realmente fui, só demorei mais porque esse pessoal dizem que não gostam de política que estão com pressa, mas sempre ficam falando mais de dois minutos do presidente que amou ele, que odiou ele e outros ainda que nem se lembram da cara ou do nome dele (eu sou um desses outros).
Pedi o nome dela, ela deu, eu me entusiasmei, ia fechar aquela folha com chave de ouro. Perguntei o telefone. Ela me olhou bolada e disse:
- Ih garoto, sabe o que é, eu não vou te dar o meu telefone não. – eu quase caí pra trás, ia ser uma cena de anime total, e ainda ia ter aquela gota gigante do lado.
- Mas por que senhora? – expliquei a ela o motivo de pedir o telefone.
- É que o telefone é do meu filho e ele vai brigar comigo. (Na casa dela as coisas deviam ser ao contrario, era o filho que batia nela.) - Ele vai ficar falando, vai me dar esporro. - ela colocou a mão na cabeça, devia ta pensando na mentira que ia dizer em seguida - Posso dar o telefone não garoto.
Insisti mais um pouco, toda hora olhando para ver se o lobo amarelo iria esquecer da linha imaginaria e ia pegar o meu pé, por fim ela me olhou e disse:
- Não posso dar, entenda!
- Ok senhora, muito obrigado e boa tarde. (velha mentirosa)
Quando estava voltando esqueci e passei pela rua da velha portuguesa, ela tava na rua, acenou para mim, respondi entre os dentes, ela jogou uma piada que não entendi (já tava querendo me sacanear de novo). Fui para outras casas, tomei mais alguns “nãos” e desaforos, consegui alguns dados e fui enganados mais algumas vezes ao fim do dia no final de tudo descobri que só teve um ser que foi esperto nisso tudo, foi o cachorro preto que não podia me morder mas mandou o vizinho!

Ainda tenho medo de passar pela rua da velha portuguesa, tenho medo que ela me convença.Andando naquela rua quente eu pensava em varias coisas, algumas