quarta-feira, 7 de julho de 2010
A mulher e o rio
Uma crônica de Samara Lilith.
Um dia uma mulher, andando por um caminho ao lado do rio, ia buscar lenha. Distraída e cantarolando, ela tropeça em uma pedra, e seu machado cai no rio. Triste, ela começa a chorar.
De repente, tudo em sua volta pára, as aves no céu congelam, as arvores param de se mexer, toda a floresta fica silenciosa, e apenas uma voz misteriosa ecoa.
- Minha filha, por que choras?
A mulher, mesma assustada responde. - Meu machado caiu no rio, sou de uma família pobre, não temos dinheiro para comprar outro. Sem ele como vou cortar a lenha, pra me esquentar no frio, até mesmo pra fazer a comida!
- Minha filha, não se preocupes, pegarei seu machado do rio.
E assim, um machado de ouro é retirado do rio. E a voz pergunta:
- Então filha, é este o seu machado?
A mulher olha para o machado de ouro e responde: - Não Senhor! Este não é o meu machado.
A voz então aumenta o tom e diz:
- Mulher, vós és honesta. Fico contente! Poderias ter mentido, mas não o fez. Tome o seu machado, e leve junto este de ouro, pois você merece.
Então, tudo voltou ao normal, os pássaros voltaram a voar, o vento a assoprar. E a mulher pegou os dois machados e foi para casa dividir essa alegria com o marido.
Um tempo depois, a mulher voltava da cidade com uma cesta cheia de alimentos. Estava feliz, pois agora não precisava se preocupar com dívidas. Ela vinha alegre e cantando, pelo caminho do rio, mas infelizmente, novamente tropeça e sua cesta cai no rio. Ela chora.
Novamente, tudo em sua volta pára, as aves no céu congelam, toda a floresta fica silenciosa, e apenas uma voz misteriosa ecoa.
- Minha filha, por que choras?
- Minha cesta caiu no rio, com a comida que comprei para alimentar meus filhos. - responde a mulher.
- Mas você pode comprar mais alimentos, pois tens dinheiro.
- O dinheiro do machado, usamos pra comprar algumas vacas, pagar as dívidas com o banco, compramos e reformamos o sitio onde moramos, e meu marido abriu um comércio na cidade. O que sobrou, guardamos para o futuro do nossos filhos. Apesar de ainda termos dinheiro, não significa que posso desperdiçar alimentos.
- Você é uma boa mulher. Não se preocupes, pegarei sua cesta do rio.
E assim, uma cesta cheia de jóias foi retirada do rio. E a voz vinda do céu pergunta: - Esta é sua cesta?
A mulher responde: - Não Senhor! Esta não é minha cesta.
A voz então muda o tom e diz: - Mulher, vós és honesta e humilde. Fico contente! Poderias ter mentido, mas não o fez. Tome sua cesta, e leve esta com jóias, pois você merece.
Então, tudo voltou ao normal, os pássaros voltaram a voar, o vento a assoprar. E a mulher pegou as duas cestas e foi para casa dividir essa alegria com o marido.
Depois de um tempo, a mulher e seu marido vinham andando pelo caminho do rio. Estavam felizes, pois compraram mais terrenos, e agora tinham uma fazenda. Sem nenhuma preocupação, poderiam viver em paz e harmonia. O casal andava, pensando no futuro e em tudo o que conquistaram, porém o homem tropeça e cai dentro do rio. Ele não sabia nadar e a mulher começou a chorar desesperada.
Nesse momento tudo em volta pára, o rio, os pássaros, as arvores, nada se mexe, e uma voz ecoa.
- Minha filha, por que choras?
A mulher desesperada, pede auxilio: - Senhor! Me ajude! Meu marido caiu no rio e ele não sabe nadar. Ajude-o por favor!
Após ouvir o apelo da mulher, é retirado da agua um homem alto, moreno, musculoso, de olhos azuis. E a voz pergunta: - É este o seu marido?
A mulher olha para o homem musculoso e reponde: - Sim Senhor! Este é meu marido!
A voz então muda o tom e diz: - Mulher falsa! És mentirosa! Este não és teu marido. Como ousas a mentir desta forma?
A mulher então explica: - Senhor, não menti por maldade. Pensei nas outras vezes. Quando eu disse que o machado de ouro não era meu, o Senhor me presenteou com ele. Quando eu disse que a cesta com jóias não era minha, o Senhor me presenteou com ela. Então, eu menti agora, porque se eu dissesse que este lindo homem não era meu marido, o Senhor tiraria meu marido da agua, e me presentearia com este homem, por eu ser honesta. E como eu amo meu marido, não posso levar dois homens para casa.
A voz fica em silêncio por um tempo. E depois de pensar, o marido da mulher é retirado da agua, e mais uma vez, a voz ecoa:
- Vá em paz minha filha!
Então, tudo voltou ao normal, os pássaros voltaram a voar, o vento a assoprar. E a mulher pegou seu marido e voltou para casa.
Moral da história... (Sim! A história têm uma moral)
Moral da história... Mulher quando mente, até Deus acredita!
Até mais povo! XD
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NICOLLY FUZIL RESPONDE: Com certeza, mulheres são ótimas atrizes! Ou os homens são péssimos entendedores.
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